Em sua 19ª edição, segundo maior rali do mundo parte de Goiânia rumo ao Ceará.
A partir das 10h desta quarta-feira, 72 carros, 60 motos, cinco caminhões e 11 quadriciclos vão "sumir do mapa" para dar início à maior aventura do Brasil sobre rodas. Do serrado de Goiânia, 221 competidores de oito países terão uma verdadeira maratona de dez dias e 4.026 km até a chegada na paradisíaca Praia de Jericoacoara, no Ceará. Distância que classifica o Rally dos Sertões como a segunda maior competição off-road do mundo, atrás apenas do Rally Dakar.
- O rali é sempre muito difícil. Andamos os últimos dois anos no Dakar e agora vamos poder usar o mesmo carro aqui no Sertões. É um carro muito veloz, o que deixa tudo mais rápido e mais difícil. Chegamos a 196 km/h no Dakar numa pista cheia de armadilhas. É como falamos aqui: o favorito é sempre a pedra - brincou Spinelli, que busca o tricampeonato no Sertões.
Se a dificuldade para os carros já é enorme, o que dizer então para as motos. Além de não terem a proteção de uma carroceria, o pilotos ainda têm que ser navegadores. Imagine então para um "marinheiro de primeira viagem", que saiu das provas de enduro para estrear na mais difícil competição de cross-country - corrida contra o relógio - do país.
- Fiquei muito surpreso com o resultado e impressionado com tudo no Rally dos Sertões. É uma competição fora de série, muito difícil. Temos muitos pilotos feras esse ano e o objetivo é completar bem o rali e chegar inteiro em Fortaleza - confessou.
E põe fera nisso. Se Marc Coma não veio defender o título, um francês que também não fica atrás em relação a títulos de expressão está de volta. Outro tricampeão do Dakar, Cyril Despres promete dar muito trabalho para o brasileiro, assim como o também fracês David Casteu, o mais rápido do treino de classificação.
Entre os caminhões, que contam com piloto, navegador e até um mecânico a bordo, o tetracampeão do Sertões Edu Piano e seus companheiros Solon Mendes-Davi de Oliveira largam na frente. Mas logo atrás vem um homem com 30 anos de rali e um título a mais de Sertões nas costas: André Azevedo. Ele não terá ao lado o seu navegador Maykel Justo, que está com dengue.
- Acabei de conhecer meu navegador, o Sidão. Tivemos dois dias de trabalho juntos e estamos bem. Pilotar um caminhão é diferente. O meu, hoje, pode chegar a 171 km/h. Mas tem que tomar cuidado. Tem muita árvore baixa no caminho - alertou Azevedo.
Cada veículo que participa do Rally dos Sertões é dividido em categoria e sub-categoria, de acordo com o modelo, tipo de combustível, peso e preparação.
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